O caso dos vampiros do Pará
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Ezequiel Abreu Calado |
Na época, quatro pessoas foram acusadas de participar do crime. O líder do grupo, Ezequiel Abreu Calado, dois menores de idade e Nancy Danielly da Silva Amorim. O grupo participava de comunidades do RPG Vampiro - A Máscara online, sob a alcunha de 'Dark Angels', jurando de pés juntos que eram um clã de vampiros de verdade. Diziam também participar de uma seita satanista. Em uma dessas comunidades, um blogueiro gaúcho, chamado Marcos Vinicius Fonseca Neto, passou a estreitar relações com Ezequiel e os outros membros, e achou que essas alegações de satanismo e vampirismo eram lorota. Ledo engano!
Num dado momento, Marcus resolveu intimar Ezequiel, que por sua vez o avisou "logo te darei uma prova de que somos mesmo satanistas". E enviou a ele o artigo do Diário do Pará, com uma matéria sobre o assassinato de Cíntia. Marcus entrou em parafuso e resolveu ligar para Ezequiel e gravar a conversa por Skype. Ezequiel, que gostava se ser chamado de "Lord Blood", admitiu na boa o crime, explicou como executar rituais em detalhes. Contou como cortaram as lajes usadas para destruir a cabeça da menina; como esmurraram a coitada no rosto; contou como bebeu sangue direto dos pulsos dela, e ainda descreveu o gosto. Como se estivesse comentando alguma ação tomada no jogo de RPG. Dando risada.
Com isso em mãos, Marcos formalizou a denúncia e após alguns trâmites legais, foi anexada ao inquérito.
O advogado do Conde, ou melhor, Lorde Blood, largou o cliente durante o julgamento, pois o vampirão e sua família queriam seguir uma linha de depoimento totalmente sem nexo, claro, contrária ao que se tinha visto e dito até então.
Após o julgamento, Nancy foi inocentada, enquanto os dois menores cumprem medidas de internação e Ezequiel está preso, condenado a 28 anos e seis meses de prisão. Hoje tem 23 anos.
Fontes:
http://tj-pa.jusbrasil.com.br
zh.clicrbs.com.br/
Via: Paixão Assassina
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